NA CARPINTARIA

Os pregos de um carpinteiro

na boca do seu martelo,

prendia por um dia inteiro

uma ave do papo amarelo.

O prego que prega a gaiola,

não pregava o gorjear

que tangia como uma vitrola

do pássaro de "papo pro ar".

O canto naquela oficina,

não cessa e não quer cessar

mesmo quando o sol se reclina,

não parava, o pássaro, de cantar.

Fabricava ali uma cadeira,

de dia se fabricava um armário,

enquanto lá da cimeira

gorjeava o belo canário.

Assim era o cotidiano

na vida desse trabalhador:

O gorjeio era o seu piano,

o canário era o seu cantor.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 17/01/2011
Reeditado em 08/11/2012
Código do texto: T2735516
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