Interagindo com um poeta que sumiu do Recanto, Dalto Gabrig.
Olá poeta, sinto saudades de você.
SAUDADES DE UM POETA...
Quando nesse devaneio
De amor jamais realizado,
Sozinha me despenteio
Num sonho desesperado.
Leio atenta o teu queixume
Sozinha fico a cismar,
Entre nós nem há ciúme,
Tu não soubeste me amar...
Quando foi que o teu beijo
Em minha boca pousou?
E o teu gozo, teu desejo,
o meu desejo matou?
Como sofre o amor sonhado
Que o coração idealiza,
O corpo é castigado
Num êxtase que martiriza...
Minha mana Milla Pereira trouxe-me sua linda participação. Obrigada, poetisa.
Quando a noite cai lá fora
Eu relembro com saudades...
O dia em que foste embora
para a longínqua cidade.
Sinto os beijos que não dei
e o calor de teus abraços
lembro os sonhos que sonhei
e em prantos me desfaço!
Volta logo, meu poeta!
Vem curar a minha dor...
Vem trazer a alma repleta
Para me matar de amor!
Milla Pereira