Memórias de um poeta (3 de 4)
III
Mas,quem nunca foi escravo de si mesmo?
A nossa mente tem um poder tremendo,
O poder tanto de realizar como de destruir.
Por isso guarda tudo-como armazenas caixas em um armário.
Amanhã ela utiliza essas memórias,
Faz-nos fraquejar,
Faz-nos lembrar do nosso trauma de infância.
Assim,ao tentarmos fugir,realizamos loucuras.
Saímos do nosso eu e nos permitimos coisas inimagináveis.
Muitas vezes pensamos ser culpa de nossos pais,
E então colocamos neles toda a culpa,
Como se todo o defeito do mundo viesse deles.
Mas a realidade é outra,
A VERDADE é outra.
Este filho,que viu seus pais brigarem,
Hoje é uma pessoa fria,crítica,
Hoje é uma pessoa que vê o mundo com outros olhos.
É uma pessoa que faz o bem,
Que é voluntária,nunca pede recompensa.
Hoje é uma pessoa que sofre sem ter culpa,
Que chora sem ter lágrimas,
Que acredita em Deus,
Que confia em todos duvidando dos outros,
Que ama e que perdoa,
Que é boa,e por isso sofre.
Prévia parte IV-o que será do futuro desta criança que desistiu de sua infância para adquirir maturidade? O coração dela, será que irá respeitar as suas opções de vida?
a.ferraz 2007