Memórias de um poeta (3 de 4)

III

Mas,quem nunca foi escravo de si mesmo?

A nossa mente tem um poder tremendo,

O poder tanto de realizar como de destruir.

Por isso guarda tudo-como armazenas caixas em um armário.

Amanhã ela utiliza essas memórias,

Faz-nos fraquejar,

Faz-nos lembrar do nosso trauma de infância.

Assim,ao tentarmos fugir,realizamos loucuras.

Saímos do nosso eu e nos permitimos coisas inimagináveis.

Muitas vezes pensamos ser culpa de nossos pais,

E então colocamos neles toda a culpa,

Como se todo o defeito do mundo viesse deles.

Mas a realidade é outra,

A VERDADE é outra.

Este filho,que viu seus pais brigarem,

Hoje é uma pessoa fria,crítica,

Hoje é uma pessoa que vê o mundo com outros olhos.

É uma pessoa que faz o bem,

Que é voluntária,nunca pede recompensa.

Hoje é uma pessoa que sofre sem ter culpa,

Que chora sem ter lágrimas,

Que acredita em Deus,

Que confia em todos duvidando dos outros,

Que ama e que perdoa,

Que é boa,e por isso sofre.

Prévia parte IV-o que será do futuro desta criança que desistiu de sua infância para adquirir maturidade? O coração dela, será que irá respeitar as suas opções de vida?

a.ferraz 2007

Anita Ferraz
Enviado por Anita Ferraz em 16/12/2010
Reeditado em 16/12/2010
Código do texto: T2675459
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