NÃO HOUVE TEMPO...
Para Pedro Rosa
Não houve tempo meu pai
para fitar os teus olhos serenos,
e ante tua pessoa dizer-lhe em paz,
o quanto te amava já naquele tempo,
que não voltará mais...
Não houve tempo,
para deslisar meus dedos em seus cabelos,
tocar a tua face meu pai,
estalar um beijo demorado,
em sua face morena que agora não alcanço mais...
Não houve tempo nem pro abraço,
agora és espaço, encantamento, ou algo mais...
Resta-me aqui, fotos e lembranças,
resta-me uma esperança
de ser para os meus filhos
um pouco do pai que fostes pra mim...
Não houve tempo pras despedidas,
nossas vidas não se encontrarão mais...
Se eu soubesse naquele dia
em que me agradecia por estar contigo,
que seria o último dia...
Eu não teria partido em paz...
Se eu soubesse?...
Não tivemos tempo pra mais nada...
Hoje resta-me recordações e fotografias,
uma dor pungente em meu coração,
uma saudade tão aguda,
uma solidão as vezes tão profunda
que meus passos se fazem titubeando,
mas eu vou seguindo,
lembrando dos teus passos,
neste mundo, sem medos ou vacilos...
Vou seguindo, com a sua presença em meu pensamento,
seguindo com o teu sorriso daquela despedida,
seguindo...
Transportando a minha saudade no peito,
na esperança de que me fortaleça...
E traga ao meu passo a força de teus passos,
que sempre cruzaram o espaço de sua vida,
com alegria, trabalho, amor e esperança!
Edvaldo Rosa
17/10/2006
www.sacpaixao.net
Para Pedro Rosa
Não houve tempo meu pai
para fitar os teus olhos serenos,
e ante tua pessoa dizer-lhe em paz,
o quanto te amava já naquele tempo,
que não voltará mais...
Não houve tempo,
para deslisar meus dedos em seus cabelos,
tocar a tua face meu pai,
estalar um beijo demorado,
em sua face morena que agora não alcanço mais...
Não houve tempo nem pro abraço,
agora és espaço, encantamento, ou algo mais...
Resta-me aqui, fotos e lembranças,
resta-me uma esperança
de ser para os meus filhos
um pouco do pai que fostes pra mim...
Não houve tempo pras despedidas,
nossas vidas não se encontrarão mais...
Se eu soubesse naquele dia
em que me agradecia por estar contigo,
que seria o último dia...
Eu não teria partido em paz...
Se eu soubesse?...
Não tivemos tempo pra mais nada...
Hoje resta-me recordações e fotografias,
uma dor pungente em meu coração,
uma saudade tão aguda,
uma solidão as vezes tão profunda
que meus passos se fazem titubeando,
mas eu vou seguindo,
lembrando dos teus passos,
neste mundo, sem medos ou vacilos...
Vou seguindo, com a sua presença em meu pensamento,
seguindo com o teu sorriso daquela despedida,
seguindo...
Transportando a minha saudade no peito,
na esperança de que me fortaleça...
E traga ao meu passo a força de teus passos,
que sempre cruzaram o espaço de sua vida,
com alegria, trabalho, amor e esperança!
Edvaldo Rosa
17/10/2006
www.sacpaixao.net