Quantas vezes...

Quantas vezes levantei de madrugada

Escrevia que te amava

Ou que odiava te amar?

Quantas vezes saíram palavras sem sentido

E me sentia perdido

Por não conseguir me expressar?

Quantas vezes folhearam meus cadernos

E pensaram, “Que inferno”

“Não consigo amar assim”?

Quantas vezes olharam pra mim

Os que entenderam gostaram,

e os que não, riram de mim?

Quantas vezes pensei em parar

Talvez de me expressar

Ou então de falar em amar?

Quantas vezes escrevi,

Com ódio, fúria, dor ou amor

Para então entender

O que é ser escritor...