PEREGRINO ALADO
Entrei na volúpia das emoções
Sacudi meus sonhos dormidos
Arrumei os sapatos - observei os detalhes
Viagem programada [às vezes improvisada]
Mochila quase sempre arrumada, preparada
Levo essência, novidades,
a saudade guardo em casa
Na estrada vidas embaladas
Passageiros que não passam, deixam marcas
Na memória ainda os últimos versos,
espalhados.
De longe vejo uma lágrima, um beijo,
Talvez o último abraçar
Vejo mãos sacudidas,
lentas (no ar)
Despedidas.
Do carro tudo passa tão rápido
É assim a vida – minha vida
que refugia...
Poeta Fábio Ferreira
fabiorusso7@hotmail.com