QUIMERAS
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Lembro teu corpo que fremia, ao toque
Das minhas mãos que ardiam em
colossais desejos, em insanos querer,
Em quimeras vencidas .
Lembro nacarados lábios a navegar sobre
Meu corpo, dilatando desejos, ditando
Regras, matando a fome que ainda
Dorme no leito da espera .
Lembro ardentes beijos que somente em
Sonhos se cruzavam, lembro sua
Branquitude a ondear minhas noites
De loucas quimeras...
Lembro de tu oh mulher! Que presente vive
Em mim, que em sonhos arranca prantos
E delicias, que em meu peito faz arraigar
A esperança de um dia ser minha.
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