* ESTRELINHA
Vejo no céu uma estrelinha
Piscando, piscando...
Mamãe disse que ela de longe
Pisca e pisca me chamando.
Quando eu crescer
E comprar um avião
Vou te buscar estrelinha
Nas palmas das minhas mãos.
*(Desconheço a autoria)
Esta foi a primeira poesia que aprendi na vida... Lembro da mais tenra idade, pequenininha (bom... não mudou muita coisa, ainda continuo pequenina com meus 1,52m - esqueci de crescer - mas o tempo passou depressa rsrsrs)... Lembro que minha mamãe me ensinou a recitar esta poesia e acho que eu correspondia à altura, pois, por inúmeras vezes, minha mãe pedia, toda orgulhosa, que eu declamasse para as amigas.
Pequenina, porém com toda firmeza e graça que a infância nos proporciona, eu "mandava brasa"... E todos apaludiam... Coisa de criança, porque hoje não sei recitar poesias, mas ficou o quadro pendurado na parede da memória.
Deixo um grande beijo, um abraço e minha eterna gratidão a minha mamãe, Maria Amador, que fez de mim a pessoa que sou hoje, que me ensinou a gostar de poesia, ter sede de aprender, saber, conhecer... Ensinou-me a ser humilde o suficiente para reconhecer minha pequenez ante a complexidade da vida e a consciência da minha importância como ser humano: grãozinho de areia perdido na imensidão do oceano, porém singular e único, que ama e respeita ao próximo e valoriza a vida.
Amo-te minha mãe.
Sou imensamente grata por ser fruto de tuas entranhas.
/...................../..................../......................./
Minha mãe separou-se do meu pai ainda muito jovem, eu sequer lembro da imagem dele... Lutou bastante para dar conta dos cinco filhos, estudou apenas até o admissão (isto já era muita coisa naquele tempo)...
Hoje ela tem 72 anos, é aposentada, mas ainda trabalha como voluntária em uma entidade, faz todos os afazeres domésticos, cuida de minha filha Allice, atende a minha avó que tem 92 anos quando esta precisa e ainda sobra tempo para dar uma força aos tios velhinhos e aos irmãos...
Ah, ainda viaja, briga, chora, sorri, canta, dança, lê , se informa... Gente, ela é pura energia! Minha mãe tem sede de vida!!! Acho isto fantástico, admirável e emocionante!
Ontem ela me telefonou e disse a coisa mais linda que pude ouvir nos últimos tempos: " - Ceiça, haverá concurso público para a Prefeitura da minha cidade e vou me inscrever, mesmo que eu não passe estarei feliz em participar, quero me sentir gente!"
Pediu-me para que procurasse saber se a idade dela ainda permite que se inscreva em concursos públicos... Farei isto mesmo sabendo que não importa a resposta... Ela se inscreverá de qualquer jeito, só para participar e se "sentir gente"...
Ontem pude compreender de onde vem esta minha maneira diferente de ser e encarar a vida, esta força que me impulsiona a ter fé mesmo quando ao meio do caos, esta vontade de viver a vida...
Mãe você é mais que gente, é um anjo bom que povoa esta terra, uma grande guerreira, um exemplo de vida!
Beijo grande minha mãe "gente" querida!
Vejo no céu uma estrelinha
Piscando, piscando...
Mamãe disse que ela de longe
Pisca e pisca me chamando.
Quando eu crescer
E comprar um avião
Vou te buscar estrelinha
Nas palmas das minhas mãos.
*(Desconheço a autoria)
Esta foi a primeira poesia que aprendi na vida... Lembro da mais tenra idade, pequenininha (bom... não mudou muita coisa, ainda continuo pequenina com meus 1,52m - esqueci de crescer - mas o tempo passou depressa rsrsrs)... Lembro que minha mamãe me ensinou a recitar esta poesia e acho que eu correspondia à altura, pois, por inúmeras vezes, minha mãe pedia, toda orgulhosa, que eu declamasse para as amigas.
Pequenina, porém com toda firmeza e graça que a infância nos proporciona, eu "mandava brasa"... E todos apaludiam... Coisa de criança, porque hoje não sei recitar poesias, mas ficou o quadro pendurado na parede da memória.
Deixo um grande beijo, um abraço e minha eterna gratidão a minha mamãe, Maria Amador, que fez de mim a pessoa que sou hoje, que me ensinou a gostar de poesia, ter sede de aprender, saber, conhecer... Ensinou-me a ser humilde o suficiente para reconhecer minha pequenez ante a complexidade da vida e a consciência da minha importância como ser humano: grãozinho de areia perdido na imensidão do oceano, porém singular e único, que ama e respeita ao próximo e valoriza a vida.
Amo-te minha mãe.
Sou imensamente grata por ser fruto de tuas entranhas.
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Minha mãe separou-se do meu pai ainda muito jovem, eu sequer lembro da imagem dele... Lutou bastante para dar conta dos cinco filhos, estudou apenas até o admissão (isto já era muita coisa naquele tempo)...
Hoje ela tem 72 anos, é aposentada, mas ainda trabalha como voluntária em uma entidade, faz todos os afazeres domésticos, cuida de minha filha Allice, atende a minha avó que tem 92 anos quando esta precisa e ainda sobra tempo para dar uma força aos tios velhinhos e aos irmãos...
Ah, ainda viaja, briga, chora, sorri, canta, dança, lê , se informa... Gente, ela é pura energia! Minha mãe tem sede de vida!!! Acho isto fantástico, admirável e emocionante!
Ontem ela me telefonou e disse a coisa mais linda que pude ouvir nos últimos tempos: " - Ceiça, haverá concurso público para a Prefeitura da minha cidade e vou me inscrever, mesmo que eu não passe estarei feliz em participar, quero me sentir gente!"
Pediu-me para que procurasse saber se a idade dela ainda permite que se inscreva em concursos públicos... Farei isto mesmo sabendo que não importa a resposta... Ela se inscreverá de qualquer jeito, só para participar e se "sentir gente"...
Ontem pude compreender de onde vem esta minha maneira diferente de ser e encarar a vida, esta força que me impulsiona a ter fé mesmo quando ao meio do caos, esta vontade de viver a vida...
Mãe você é mais que gente, é um anjo bom que povoa esta terra, uma grande guerreira, um exemplo de vida!
Beijo grande minha mãe "gente" querida!