REMANSOS
POEMA
06 / 10 / 94
REMANSOS
Um campo de samambaias verdes.
Um remanso de folhas mortas.
Um existir raízes sob a pele,
Mananciais de palavras e frutos.
Rosto claro, um livro aberto ao vento.
Uma luz de nuvens e águas.
Minha canção é um existir
alma de andorinha,
corpo e vento, viagem.
Percorri as alturas da manhã
e seus frutos foram doces.
Um campo de samambaias verdes
oculta o remanso, o canteiro das horas
esquecidas.