O VELHO E O VILA VELHA
(Ao Teatro Vila Velha, Salvador/Bahia)
O velho vai ao Vila...
"Vá ao Vila, velho!"
Volte ao passado, meu velho...
e o eu do meu ego obedece.
Bigorna, martelo e prego...
o eu do meu ego-bigorna
na sonoridade e no prelo,
da dor do meu dedo
ao furor do martelo,
que escapa do prego
atinge em cheio o meu ego!
(Minha primeira ida ao Teatro Vila Velha, após a sua reforma e re-reestruturação. O tempo passou e só agora no FIAC III / 2010, retornei como filho pródigo. A resistência passava pelos medos da emoção que se me imporiam. Saudade daquele tempo de ator iniciante, mas atendia, enfim ao convite do Vila, na frase: "Vá ao Vila, velho! E eu fui. A mente percorreu 360°, cada parede, chão e teto. Trouxe lembranças em objetos diretos, os amigos que já partiram e os que ainda lutam pelo teatro baiano, nordestino e brasileiro). Pude ver no FIAC (Festival Internacional de Artes Cênicas) III, um novo tempo de construção e de respeito aos bravos guerreiros do Teatro em todos os tempos, ais artistas e técnicos, inclusive eu no meu tempo. Vi muitos sonhos sonhados em reais tornados. E hoje, sinto o interior do estado fortalecido pelas políticas culturais desses novos tempos atuais. E aqui registro tudo.
Eu, conquanto Ator, sou filho do Vila Velha, onde comecei a fazer teatro sério de caráter profissional, aos 15 anos, no ano da graça de 1965, embora na época, a profissão de artista não tinha ainda reconhecimento como sendo profissional. Assim, o filho (não sei se pródigo, outros que julguem à casa retornou e ficou embevecido com as conquistas do do Novo Vila Velha.