Serra... Serra... Serrador!
Chega o papai,
Madeira na mão,
Serrote e martelo,
Enxó e formão.
Lá vai o papai,
Começa a montar,
Serra, prega, entalha,
E começa a se formar.
Continua meu papai,
E eu ali a olhar,
Será se é uma guitarra,
E um homem a tocar?
Um serrote e um boneco,
É o que se formou.
Amarra lá no prego
Ele terminou.
Depois balançou o boneco,
E também ele cantou,
Serra, serra, serrador,
A careca do vovô!
São minhas lembranças de criança,
Que eu guardo e dou valor,
Um boneco de madeira,
Que meu papai fazia com tanto amor!