INFÂNCIA
Que doce saudade sinto
Da aurora de minha vida
Tempo que brincava radiante
Pelos ruas e quintais
Tempo gostoso e distante
Que sei que não voltam mais
Pensava que o mundo era meu
E que tudo era pra sempre
Pensava em ser cigana
Garota elástica de circo mambembe
Voava pulando no colchão
Só bastava imaginar e soltar a imaginação
Como gostaria de poder voltar
Nem que fosse por um dia
aos meus seis anos e me banhar
no rio largo que era a minha alegria
Brincar apenas de calcinha
No terreiro da minha casa,
Com meus amigos queridos.
Pular amarelinha, brincar de pega-pega
Fingir que sou a noiva mais bonita que se viu
Andar descalça na chuva
E chegar em casa pelos fundos
Pra não levar aquela sova
E fingir que era adulta...
...Que pena, me tornei adulta!