MINHA INFÂNCIA
Com licença, Drummond!
Mei pai fazia foices,
Enquanto cantarolava,
Minha mãe em seus afazeres,
O tempo todo falava.
Meu irmão, o menor de todos, chorava,
E eu, com ouros irmãos, entre o quintal,
O rio e a casa, o tempo todo aprotava.
No meio de tudo isso,
Interropia-nos, por hora
Alguma vizinha que chegava,
E, como costume de Minas,
à casa então, adentrava.
Minha irmã, mais velha,
Como mãe ficava atenta,
E a casa organizava,
Me parecia tão rabujenta,
Que até incomodava.
E assim eu fui crescendo,
Criança mineira de Minas,
E não sabia que minha história,
Enre queijos, bolinhos e rimas,
Me levaria a vitória.
E hoje, em tal tajetória,
Minha história me fascina!
(Amigos, esta foi a minha infância real vivida na saudosa Minas Gerais).