Bons Tempos...
Ai que saudade seu moço,
Do trem que levanta fumaça;
Deixa alegria, um colosso,
Pelos trilhos onde passa.
Ai seu moço, que saudade!
Da infância feliz e sadia;
Vivida, lá pelas bancas de
São Domingos do Prata.
Seu moço, ai que saudade
Da sinfonia circular
Tac tac tatac, tac tac tatac,
Pelos trilhos a rolar.
Seu moço, saudade me dá,
do apito,
da fumaça,
do agito;
As pessoas na estação,
Fervilhando em palavras
De despedidas
E recomendação.
Lenços agitados a balançar,
Tal qual folhagens nos jardins,
Sacudidas pelo vento;
Passageiro...
E lá vai a “Maria Fumaça”,
Que pela estação
Passa,
Alegra,
Encanta e
Desencanta;
Como tantas outras Marias;
Maria que um dia foi com as outras,
Com os outros,
Deixando saudades...
... E assim, o trenzinho segue
Rumo a serra vertiginosa;
A cada pequena parada
É como retroceder no tempo...
Vejo, através dos “olhos” do vagão,
O riacho que corre mansamente,
Como se tivesse todo o tempo
Para chegar ao seu destino.
Bois e vacas:
Brancas, marrons e negras,
Ruminam distraidamente
Em meio à verde pastagem,
Enquanto os bezerros mamam.
A vegetação, um borrão verde
E intenso
Desaparece num instante:
Entramos num túnel.
A escuridão ilumina minha alma,
A luz não demora;
Do túnel ficou a lembrança,
A sensação de penetrar no seio
Da terra...
E vamos pela serra afora,
Locomotiva, vagões, gente.
Na encosta, cravados estão
Os “dormentes”;
Trilhos suspensos; emoção
Que alucina e apavora.
As nuvens brincam de
Esconde esconde;
Estamos acima delas.
Abram alas, quero passar;
Algodão doce, tapete branco,
Rebanho de ovelhas...
E assim vou lembrando
Dos bons tempos vividos;
Lembranças adormecidas,
Despertadas pelo apito do trem,
Esperança de novos tempos,
De um feliz amanhã que vem...
Ai que saudade seu moço,
Do trem que levanta fumaça;
Deixa alegria, um colosso,
Pelos trilhos onde passa.
Ai seu moço, que saudade!
Da infância feliz e sadia;
Vivida, lá pelas bancas de
São Domingos do Prata.
Seu moço, ai que saudade
Da sinfonia circular
Tac tac tatac, tac tac tatac,
Pelos trilhos a rolar.
Seu moço, saudade me dá,
do apito,
da fumaça,
do agito;
As pessoas na estação,
Fervilhando em palavras
De despedidas
E recomendação.
Lenços agitados a balançar,
Tal qual folhagens nos jardins,
Sacudidas pelo vento;
Passageiro...
E lá vai a “Maria Fumaça”,
Que pela estação
Passa,
Alegra,
Encanta e
Desencanta;
Como tantas outras Marias;
Maria que um dia foi com as outras,
Com os outros,
Deixando saudades...
... E assim, o trenzinho segue
Rumo a serra vertiginosa;
A cada pequena parada
É como retroceder no tempo...
Vejo, através dos “olhos” do vagão,
O riacho que corre mansamente,
Como se tivesse todo o tempo
Para chegar ao seu destino.
Bois e vacas:
Brancas, marrons e negras,
Ruminam distraidamente
Em meio à verde pastagem,
Enquanto os bezerros mamam.
A vegetação, um borrão verde
E intenso
Desaparece num instante:
Entramos num túnel.
A escuridão ilumina minha alma,
A luz não demora;
Do túnel ficou a lembrança,
A sensação de penetrar no seio
Da terra...
E vamos pela serra afora,
Locomotiva, vagões, gente.
Na encosta, cravados estão
Os “dormentes”;
Trilhos suspensos; emoção
Que alucina e apavora.
As nuvens brincam de
Esconde esconde;
Estamos acima delas.
Abram alas, quero passar;
Algodão doce, tapete branco,
Rebanho de ovelhas...
E assim vou lembrando
Dos bons tempos vividos;
Lembranças adormecidas,
Despertadas pelo apito do trem,
Esperança de novos tempos,
De um feliz amanhã que vem...