A Brisa
Já passa de uma hora
Do dia três de agosto
Sente-se, enfim, um gosto
De vida, que do fim se arvora...
Só a voz de Nat King Cole
Responde, com melodias justas,
Às questões de um drama de dor.
E Mona Lisa, que sai numa voz lisa,
Macia e nobre, acalenta...
E acalanta um pobre que ostenta
Em seus mais de cinquenta, um coração triste.
Uma ilusão de um mundo que não existe...
E, na madrugada que chega ao peito,
Á alma; calmo, no leito, um ser sem ser.
Daí, quase ofegante, quase um ocupante,
Escuta Mona Lisa, uma quase Brisa,
Que está no amanhecer.
Já passa de uma hora
Do dia três de agosto
Sente-se, enfim, um gosto
De vida, que do fim se arvora...
Só a voz de Nat King Cole
Responde, com melodias justas,
Às questões de um drama de dor.
E Mona Lisa, que sai numa voz lisa,
Macia e nobre, acalenta...
E acalanta um pobre que ostenta
Em seus mais de cinquenta, um coração triste.
Uma ilusão de um mundo que não existe...
E, na madrugada que chega ao peito,
Á alma; calmo, no leito, um ser sem ser.
Daí, quase ofegante, quase um ocupante,
Escuta Mona Lisa, uma quase Brisa,
Que está no amanhecer.