Anjo Caido

Como o suspiro de uma leve brisa

Acariciando os madrigais, do nascente,

Que inda persiste em minha alma, invadir...

Tua lembrança em mim desperta saudade!

Meus pensamentos tal quais veludas brumas,

Invade o meu ser, escravo perpétuo de tua falta.

Enquanto a procura insana em meu âmago...

Tornam-se verdadeiros vendavais de desesperos!

Miro as enfáticas estrelas cujo brilho é cópia,

Da luz refletida de teus vívidos olhos...

Que abrigam o encanto da mulher...

Das flores as felinas tu és eterna rainha.

Amar-te é respirar o divino perfume

Da razão e da loucura, onde vida e morte...

No grandioso espetáculo do palco universo,

São perdidos quadjuvantes que se atropelam.

Teus lábios carmim invejam uvas!

Enquanto um é o suco do prazer...

O outro é o néctar do amor proibido.

Que na epopéia vida, faz-me, anjo caído!

Baroneto.