Lá da cumeeira do velho paiol,
Da rocinha dos meus anos...
Fico
à
Espreita,
Revirando recortes, lembranças,
Apagadas, fugidias, desesperança.
Não consigo descer,
Preso, vôo em vão,
No vai e vem adormecido,
Da rocinha dos meus anos...
Não consigo fugir,
Dos fantasmas inglórios,
Que me acompanham incógnitos,
Da rocinha dos meus anos...
Anos vividos a fio...
Tecido a nó, atados,
Impregnados por fuligens,
Resquícios de cinzas nas veredas da dor,
Incomensurável,
Lacerante,
Que me sufoca,
Fere, corta,
Faca afiada,
No esfumaçar do tempo,
Da rocinha dos meus anos...