A ESPERA

Nas tardes bruscas e cinzentas, ou febris como o sol,
Lá estava ela em frente ao mar. A menina ia ver o mar,
E tentava ali reencontrar-se em si mesma, procurando vida,
Que era vasta e perdida como aquele mar sem fim.
Dias doce e sereno, outros bravios de ondas cortantes.
A menina sentava-se a beira da praia,
Nas pedras enormes que havia lá.
Há pobre menina. Ela contava sua triste ao mar,
Ele sabia seus segredos. Às vezes os olhos negros
Da menina perdiam-se na imensidão do mar,
Era como ele, profundo e misterioso.
A menina chorava baixinho, lagrimas brotavam de seus olhos,
Corriam em sua face e caiam na espuma borbulhante
Das ondas chicotando as pedras.
belestevao
Enviado por belestevao em 07/10/2010
Reeditado em 18/09/2011
Código do texto: T2543364
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