Serenata de um Poeta

Serenata de um Poeta

Ah! que saudade da minha infância

Da adolescência perdida

Da suave e pura fragância

De uma criança crescida.

Crescida então

Descobri meu valor

Descobri a profissão

Sou poeta, canto e falo de amor.

Falo as coisas mais puras

Canto o amor que mais quero

Também já fiz juras

De encontrar o que espero.

Sou um amante apaixonado

Falo as estrelas, canto a lua

Falo da mulher, dela sou aliado

Falo da manhã e da noite nua.

Faço prosa e poesia

Faço também serenata

Falo do amor de fantasia

Falo da paixão que mata.

Descrevo sensações jamais faladas

Falo da chama da sedução

Falo também da nudez vedada

Que muitas vezes destrói um coração.

Falo das tristezas e melancolias

Canto a mãe natureza

Grito minhas euforias

Ah! Quanta beleza.

Ah! Solidão

De você quero distância

Quero uma grande paixão

Arrancando de mim essa ânsia.

Lugares por onde andei

Olhares por onde corri

Só uma pessoa amei

E por não tê-la, morri.

Valéria Gail

Menina Malukinha