POEMA DE GAVETA
Os papéis amarelados, esses que a delicadeza faz questão de tocar.
A tinta já borrada pelo tempo e pelas lágrimas;
Apagando os sentimentos daqueles momentos.
A poeira, que pesa muito mais do que as palavras, se encaixa entre as linhas,
Pois, as palavras escritas em pranto já não fazem mais sentido;
Já não tem o mesmo valor.
É... preciso arrumar o meu armário!
Onde está aquele sabor de desejo que eu guardava na boca?
Será que se foi com o tempo?
Amarelaram-se como esses papéis?
Saiba que, aquelas palavras eram para você!
E essas; de quem são?
Os dias passaram e eu ainda guardo esse poema,
Mas ele perdeu força;
Acho que agora é só um papel amarelado,
Como meu amor por você.