Recordações
E ao olhar em teus olhos,
Ainda que seja verão
Eu sinto um calafrio...
E inesperadamente me sobe um calor!
Uma coisa inexplicável
Tudo escurece
Nada mais me importa
Viro uma nativa
Às vezes sou tua dona...
Às vezes submissa...
E no desenrolar da estória
Paro
Sim...
Paro!
E algo incomparável acontece
As pernas trêmulas
O coração disparado
A respiração ofegante...
A mulher nativa se torna frágil
E em seu momento de fragilidade se entrega
Entrega-se sem temor
E a sombra de um sorriso surge
E então... silêncio!
Tudo fica negro...
E ao despertar
Só o que restam são marcas
Marcas que ardem
Que doem
Mas que trazem recordações...
E deixam saudades...
Ah! E que saudades!
E deixam vontade...
Ah! E que vontade!