Xamego
Em tom melódico digo, amor...
Meu sonho de mel e malemolência.
Mormaço de fim de tarde, rubor,
Um bom gole de vinho, a dormência.
A rede balança meu corpo lânguido
Arrastado a total exaustão do amor,
Os cabelos alvoroçados no rosto
Um sussurro, um beijo, um frêmito.
Ah... De ti seria capaz de ser fiel,
Um amor de mulher em forma de gente.
Ligada a ti feito em puro amálgama.
Todo dia te mostraria ao sentar, a ponta
Da renda, discreta da recatada anágua.