Lembrando Sem Anjo
E é assim todo santo dia,
De vez em quando, eu diria
Não carece do horário noturno,
Nem de dia frio, com ou sem chuva...
Ela me persegue como uma mira infra vermelho.
Dormindo acordado ao sol do meio dia;
O sonho que sonhou horas atrás...
Com flores belas, coloridas e perfumadas
Que eu mandei pra você em pensamento...
Morrerão ao abrir de seus olhos.
Agora a auréola do meu anjo da guarda
Está no seu dedo da mão esquerda;
Eu sigo inseguro, desprotegido...
A mercê de qualquer lágrima perdida,
De qualquer arrepio solitário das lembranças.
E eu me lembro sempre...
Da alegria do meu conto de fadas,
Dos passeios nas calçadas;
Há uma felicidade pulsante em meu peito
Porque todo dia é dia de recordação.
Nessa terra de amor infértil
Foi plantada uma semente apaixonada...
Ninguém teve culpa desse sonho
Nem vou chorar pelo adeus de suas mãos...
Mas o eclipse de nossos lábios ainda me traz inspiração.
Maximiniano J. M. da Silva - quarta, 17 de Março de 2010