Quando
Quando te encontrei,
a vida era luminosa e risonha.
Os livros contavam misteriosas histórias
para os olhos acordados
na solidão dos sobrados.
Quando eu te encontrei,
a Lua se calava pra escutar
as canções sem microfone,
que adrentavam a noite insone.
Quando eu te encontrei,
as vozes que o vento soprava
nunca falavam de adeus
diante dos sonhos teus.
Lucidez de Navalha/Diulinda Garcia.
Scortecci Editora/2010.
www.diulindagarcia.com