Cadeira de Balanço
No salão, era o destaque;
Balançava...Balançava.
Quanta ordem ela escutava
Com clareza de sotaque!
O silêncio veio um dia;
Bem num canto ela ficou
E num palco se tornou
Onde exibia, a meninada.
Novo império a reinar,
Perdeu todo o seu espaço:
Perdeu perna, perdeu braço,
Lá nos fundos foi morar.
Quanto tempo, eu não sei,
O necessário para esquecer
A quem manteve o poder
E da cadeira, já foi rei.
Virou poeira o descanso
E com ele, a sua glória.
Não se ouve mais a história
Da cadeira de balanço.
Águeda Mendes da Silva