Cadeira de Balanço

No salão, era o destaque;

Balançava...Balançava.

Quanta ordem ela escutava

Com clareza de sotaque!

O silêncio veio um dia;

Bem num canto ela ficou

E num palco se tornou

Onde exibia, a meninada.

Novo império a reinar,

Perdeu todo o seu espaço:

Perdeu perna, perdeu braço,

Lá nos fundos foi morar.

Quanto tempo, eu não sei,

O necessário para esquecer

A quem manteve o poder

E da cadeira, já foi rei.

Virou poeira o descanso

E com ele, a sua glória.

Não se ouve mais a história

Da cadeira de balanço.

Águeda Mendes da Silva

Águeda Mendes da Silva
Enviado por Águeda Mendes da Silva em 20/08/2010
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