OS SINOS DE MINAS GERAIS

Espectro do poeta.

Inquieto tão intenso e repleno...

Como é natural.

Seu cerne musical.

Desperta os mais lindos devaneios

Quando badalam os sinos de Minas Gerais.

Toca sutilmente a ilusão.

Tange de amor e paixão.

Dedilha o coração com a inspiração

De uma história contada entre lusos e brasileiros.

Em muitos dias

Espanto-me ao minutar os mais belos versos de apego

intensos verbos

de uma emoção que nem sempre busca a razão

É autística no seu verbalizar

Que vive a alma, por entre letras,

Que expressa a fúria do sentido, sem sentir.

São almas de gente anônima.

Que dimanam a inspiração que não é dita.

Que são livres... e ânimas

Que dirá a boemia de um escritor

Que reza para todos os homens nas madrugadas

E sinos das velhas igrejas mineiras

Quando se rimam em dizeres de amor

Nas verdades das bocas de ímpios

A mesma alma autística hoje volta

De uma longa jornada, e não mais inveja o infinito.

Se foi Aleijadinho ou Atayde, pouco importa

Hoje tropeça na poesia do silêncio

Como o verbo estas almas não voam livres

Fica a esperança de um novo existir

Ressoam os sinos das velhas igrejas mineiras

“Alma de açúcar, mãos com poesia”...

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 15/08/2010
Código do texto: T2439265
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