NUM VALE FÉRTIL
Amo a recordação de um velho tempo,
De sementes puras que germinavam,
Num vale fértil que também os dias,
Sagravam as ramas que ali vingavam,
Com fecundos frutos, doce magia,
De um futuro cheio de Amor.
Porém, ervas daninhas ali nasceram,
Com espinhos e pragas que ali ficaram,
E o ser que ali gabar-se,
Não colheu o que plantará,
Grandezas raras que ali viviam,
Jaziram enfim no esquecimento,
Neste belo vale com sol raiante,
Perdeu-se o brilho de outraora.
Quem sabe ainda, como num sonho,
Ou uma fábula ou alguma história,
Os semeadores descuidados seus erros percebam,
E a vistosa fênix ali renasça.
Diego Fernandes
13/03/2010
http://poesiasingular.blogspot.com