CIDADE QUE NASCI
Minha vida era fazer rimas,
E tantas outras crianças assistiam,
Eram peças de teatro, era o coral
Que mais parecia um miado de gato,
Era a própria poesia vestida
Com minha imaginação,
Pegava a caneta, caderno e sem
Qualquer constrangimento
Ia contando as histórias que só
Tinham vida na minha memória,
Mas vivia cada uma delas,
Era tanta utopia, era tanta alegria,
Que até o ar que respirava
Contagiava a “gente grande”
Que um pouco de mim lia.
Cidade pequena que muito me diz,
Cidade assim eu nunca vi
Igual aquela que nasci,
Minha querida e amada Igaci.