QUADRO DA INFÂNCIA
A noite chegou e com ela veio a lembrança
Do tempo de criança a correr por
Entre a praça e cheia de graça
Respirava o luar.
Lindo tempo que o vento não varre,
Que minha memória não deixa
Morrer a história perfumada
De uma vida feliz,
Eram tantas brincadeiras,
Bonecas de pano, panela de barro,
Na cidade quase nem tinha carro,
E era tudo tão puro,
Era tanto prazer,
Em correr de pega-pega,
Jogar bola, peteca e tantas coisas mais,
Nem sequer imaginava, que tudo ficaria
Na lembrança daquele tempo de criança
Que jamais morrerá,
Está pintado na tela da minha vida
Com tintas que não sumirão,
Não há tempo nem há água que borre
Um quadro pintado na tela do coração.