E a tempestade levou...



É... Eu sei...
Também foi aí,
Acariciado pela brisa do mar
Envolto pelos versos do amar
Que um dia te encontrei...
Eu que só fazia sonhar,
E as vezes só pesadelos encarar,
Passei a ver em ti,
O príncipe que iria me salvar...
Mas antes do reinado iniciar,
Veio a tempestade desse mesmo mar
Varreu a praia levando tudo que havia lá...
Nem mesmo o castelo que com carinho construí,
Sobreviveu a esse tufão sem fim...

Ainda resta na lembrança,
Do amor que era tanto, o carinho, o encanto...
A ternura que era tua, e que não mais flutua,
Abre fendas em meu peito por onde entra a dor...
Da tua realeza, a paixão que restou,
Faz meu coração, escravo do teu amor...
As vezes, como hoje,
Retorno à nossa praia
Descalça, caminho pela areia branca
Descanso a saudade naquele lugar, onde um dia,
Nossas juras e carícias testemunhou...
Converso e imploro ao vento,
Que me devolva, mesmo em fragmentos
Parte dos versos que subitamente,
E covarde(mente), a tempestade levou...



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