Tinteiro de lágrimas
Ao meu Sagui — “galotinho” Freud
Chora o meu tinteiro de lágrimas, sobre estes versos...
Como raízes apertando meu peito...
Sangrando o fel de amargura,
Por ouvir o eco do teu chamado — meu “galotinho”!
Tua melodia inda corre em minhas veias,
Para suprir a dor que dilacera minh’alma...
Mas, de onde vieste tu, tão pequenino —
Em meus braços, pedindo um carinho,
Pedindo um abraço?
Quando apertava meu braço por ser somente teu...
Deixou tua marca e de teus ancestrais...
Unindo-nos no universo, entrelaçados aos teus laços.
Inda sinto em meu ombro a leveza de teus passos —
Pra lá e pra cá... Massageando o meu sofrer...
Afagando meu cabelo, me chamando pra brincar!
Se pudesse descrever esta dor que sinto agora...
Cravaria nesta pedra todas as minhas lágrimas,
Para revelar a saudade que sinto em meu peito.
São ondas quebrando em meu rosto, e caem sobre meu peito,
Assim, à toa..., por senti-lo ainda bem juntinho de mim —
Apagando a minha dor.
Meu tinteiro de lágrimas... a derramar sobre este chão...
Vai sangrando o meu pobre coração!...
Escrevo este poema com lágrimas nos olhos,
Enquanto desenho teu nome — meu “galotinho”!
Paulo Costa