Tinteiro de lágrimas

Ao meu Sagui — “galotinho” Freud

Chora o meu tinteiro de lágrimas, sobre estes versos...

Como raízes apertando meu peito...

Sangrando o fel de amargura,

Por ouvir o eco do teu chamado — meu “galotinho”!

Tua melodia inda corre em minhas veias,

Para suprir a dor que dilacera minh’alma...

Mas, de onde vieste tu, tão pequenino —

Em meus braços, pedindo um carinho,

Pedindo um abraço?

Quando apertava meu braço por ser somente teu...

Deixou tua marca e de teus ancestrais...

Unindo-nos no universo, entrelaçados aos teus laços.

Inda sinto em meu ombro a leveza de teus passos —

Pra lá e pra cá... Massageando o meu sofrer...

Afagando meu cabelo, me chamando pra brincar!

Se pudesse descrever esta dor que sinto agora...

Cravaria nesta pedra todas as minhas lágrimas,

Para revelar a saudade que sinto em meu peito.

São ondas quebrando em meu rosto, e caem sobre meu peito,

Assim, à toa..., por senti-lo ainda bem juntinho de mim —

Apagando a minha dor.

Meu tinteiro de lágrimas... a derramar sobre este chão...

Vai sangrando o meu pobre coração!...

Escrevo este poema com lágrimas nos olhos,

Enquanto desenho teu nome — meu “galotinho”!

Paulo Costa

Pacco
Enviado por Pacco em 31/07/2010
Reeditado em 06/10/2011
Código do texto: T2410791
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