Na Sala de Aula
Um sorriso de augúrio
Um olhar de soslaio, docemente
Vago, de propósito, meio indecente.
Um chamego, um suspiro, um murmúrio...
Um andar de amante
Corrompendo as ancas largas
Um amor viajante
Diamante que brilha, idéias vagas...
Alegre e triunfante em manhã madrugada
Uma formosa graça na vida da escada
Na entrada via-se a beleza negra, que ria...
E eu via, e eu sentia, eu a sentia...
Embora fosse casada,
Supunha-se mal amada!
A dor tomava-me ao vê-la num canto...
E, de repente, o encanto... Oh! Encanto...
E, de tanto querê-la, eu sonhava
E no caderno materno debruçava
A minha gratidão de estar ali na calma
E ver a sóbria figura que me bate n’alma.