Na Sala de Aula

Um sorriso de augúrio

Um olhar de soslaio, docemente

Vago, de propósito, meio indecente.

Um chamego, um suspiro, um murmúrio...

Um andar de amante

Corrompendo as ancas largas

Um amor viajante

Diamante que brilha, idéias vagas...

Alegre e triunfante em manhã madrugada

Uma formosa graça na vida da escada

Na entrada via-se a beleza negra, que ria...

E eu via, e eu sentia, eu a sentia...

Embora fosse casada,

Supunha-se mal amada!

A dor tomava-me ao vê-la num canto...

E, de repente, o encanto... Oh! Encanto...

E, de tanto querê-la, eu sonhava

E no caderno materno debruçava

A minha gratidão de estar ali na calma

E ver a sóbria figura que me bate n’alma.

Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 27/07/2010
Código do texto: T2401592
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