Um brinde ao inevitável
Nós não queremos beber da felicidade como água
Perder os momentos de lucidez completa como o vento
Nós não queremos resgatar lembranças
Mas sim criar novos momentos
Porque ali
Ali nós nos encontramos no ponto errado de nossas vidas
Se eu pudesse voltar o tal tempo
Que cruel em sua sensatez faz com que tudo se modifique
Eu não teria feita nada diferente do que guardo em memórias
Não teria nada além das mesmas histórias para contar
Porque eu
Só gostaria de voltar no tempo para viver mais uma vez
Ainda que assumindo ter sido um grande erro
E no maior erro encontro meu mais doce segredo
Te condeno á eternidade do meu ser
Sem saber e sem querer sequer saber o que você pensa sobre
Entretanto
Eu sei tão bem como sei sobre quem sou
Bem assim,levemente,quase nada
Caminho por um tempo seguindo meus passos na contra mão
Eles se apagam como pegadas na areia
Talvez pegadas durem mais do que os passos dados na vida
Que não marcam o chão,marcam a alma
E assim poderiam durar o tanto quanto fosse preciso para que eu aceitasse
Apenas o fato de que eu não posso voltar ainda que tenha deixado lá
A minha própria alma
Prisioneira da solidão
Degustando do mais insensato sabor das lembranças
Na dança dos futuros passos compassados
Desperdiço mel em versos tão amargos
Como um disco arranhado
Uma repetição cansativa
Uma mente tão ativa que ainda não se cansou de lembrar
Para sentir a dor uma vez mais
E provar em minha existência que foi real
Não posso querer que você sinta o que sinto
O que sinto dói lentamente,ainda que em prazer
Não desejo dor ao amor
Não desejo amor á nada além
De quem fui um dia qualquer perdido por aí