BORRÕES

E repica a tal rima como a legis perfeita.

Entoa e ressoa sem acústica culpa

Eis palavras medidas, tão convictas e exatas

Que em fórmulas loucas, extraviadas falácias.

Vem...

Suprimam o ser e sufoquem o afeto.

Transformadora razão; sois desejos servos...

Borrões preservados...

Obsoleta liberdade em cristal transformada.

Os legítimos troféus de um heróico passado.

E este ritmo ferreiro insiste em tilintar.

Usurpado-me ligeira, a lépida sensatez.

Sombra fosca e frenética, resoluta a fitar

Nestes musgos tão frívolos, loucas notas... tropeças.

Alvo enfim, pergaminho...

Tatuado de verdades tão autênticas e sem brilho.

Sóis fadados... anseios.

Juventude... crepúsculo.

Gabriella Leite
Enviado por Gabriella Leite em 24/07/2010
Código do texto: T2397182
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.