O rio da minha infancia

O RIO DA MINHA INFÂNCIA

Do meu tempo de criança

Com saudades eu me lembro,

Do rio da Casa Velha

E das chuvas de dezembro.

O rio ganhava cheia

Num bravo desafio,

As águas corriam e invadiam

As terras do baixio.

No meu tempo de criança

O rio corria noite e dia;

A chuva caia,

A natureza florescia

E o homem colhia.

Hoje, procurei e não vi

O rio da Casa Velha;

Vi a natureza chorando,

As queimadas aflorando,

Os animais em extinção;

Vi matas se transformando

Em celeiros de carvão.

Procurei pelo rio da Casa Velha

Ninguém sabe. Ninguém viu.

O homem destruiu

A chuva não caiu

A água secou

E o rio sumiu.

Terezinha Teixeira
Enviado por Terezinha Teixeira em 19/07/2010
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