O rio da minha infancia
O RIO DA MINHA INFÂNCIA
Do meu tempo de criança
Com saudades eu me lembro,
Do rio da Casa Velha
E das chuvas de dezembro.
O rio ganhava cheia
Num bravo desafio,
As águas corriam e invadiam
As terras do baixio.
No meu tempo de criança
O rio corria noite e dia;
A chuva caia,
A natureza florescia
E o homem colhia.
Hoje, procurei e não vi
O rio da Casa Velha;
Vi a natureza chorando,
As queimadas aflorando,
Os animais em extinção;
Vi matas se transformando
Em celeiros de carvão.
Procurei pelo rio da Casa Velha
Ninguém sabe. Ninguém viu.
O homem destruiu
A chuva não caiu
A água secou
E o rio sumiu.