Companhia Amiga
Quando estou só, sozinho comigo,
Meu próprio inimigo, sou eu.
Um judeu que prometeu amar a Deus
Um plebeu que se afastou do abrigo.
Quando estou inquieto, um tanto confuso,
Vem a mim o meu anjo luso
Minha rosa amarela
Minhas lindas costelas.
Eu e ela, uma força vibrante...
Ela, uma amiga amante.
Eu um amigo de apoio
Um riacho, um arroio.
Queria tanto ser mais alguma coisa
Queria tanto amar tudo que posso
Mas sou uma âncora que se afunda nos mares
Que aos pares está só, que só, está aos pares.
Num quadro, numa lousa,
Ela escreveu o seu nome
Dentro de mim esse quadro é nosso
Pois seu gostar alimenta minha fome
Quando no meu peito bate as procelas
Da hora da verdade.
Mas sua força força-me à frente
Mesmo que sinta o que agora sente
Mesmo que tenhamos saudade.