2008

Entre janelas e avenidas, o céu sopra seu sossego nas orelhas,

Cabeça sempre a pensar nas noites de lua, noites encantadas,

Em que vinho e violão embalavam a lucides,

Em que a vodka ensinava-nos a falar,

O poder dos olhos se foi,

Embalando a tua presença, desbravando meu espirito, pra renascer,

Lembro-me das tardes de domingo, lembro-me das noites de loucura,

Lembro-me do seu ego, do meu hospício,

Lembro-me dos seus sussurros, lembro-me do teu prazer, em face, perdida, em coração não sei,

Eu que me perdi,

Como o arrepio mais frio do inverno, você tem o calor, o calor da lembrança,

O que um dia se perdeu, perdi,

Como o arrepio mais frio do inverno, só o frio me lembra,

Um cheiro, um ultimo abraço, um ultimo beijo, o ultimo gole,

Onde ficou ?

teu espírito ainda acompanha meus passos,

Pelo meu querer, ainda estou a esperar que você não volte,

ainda estou a esperar por paz,

diga adeus, e siga, digo adeus e fico.