Prosas
Não, amor, não!
Não quero saber de rosas
Quando suas prosas
É que me fazem sonhar!
Oiço-as, devagarinho,
Degustando sua saliva doce,
Suas frases curtas,
Seu pensamento arredio...
Contemplo os seus olhos, vagos,
Vagando, em cio.
Sinto o meu corpo vazio
Afundar em seus afagos...
Aos poucos estou em você
E você confunde-se em mim...
Por que amor, por quê?
Por que é gostoso assim?