TUDO PASSA

Esforço insano

Ao baixar o pano

Desse palco!

Atores moribundos,

Esquecidos nas curvas

Da memória,

No lento vagar

De águas turvas,

Encapeladas de agonia.

Risos sarcásticos!

Falta a alegria!

Tudo,

Que um dia

Foi um arco-íris,

Bordado de luz e vida,

Hoje são restos de verdades,

Retalhos de amor,

Fragmentos de amizade...

Desbotados,

Quase amarelados,

Perecem sob o açoite do vento,

Do sol causticante,

Que matam vagarosamente

O enlevo de amor

Que havia entre a gente.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 01/07/2010
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