GUERREIRO

Andando pelos caminhos, aqueles os quais tenho por confusos

Indago e viajo em meus pensamentos, nos fantasmas do passado

Às vezes aconselho um ou outro, se sentem grato por aquilo

Portanto será que sou bom para dar conselhos, pois não ouço os meus?

Muitas das vezes faço planos, a quantos enganos perdidos!

Um dia cansei de pelejar, portanto não é de eu desistir

Portanto me sinto cansado, exausto, a estes fantasmas!

Que muitas das vezes atormenta, com meus apegos.

O âmago cansado entra em conflito com a carne

A carne queima, o sangue em fráguas parece o descaso

E eu, que quando estiver num jardim, serei realmente eu

Tenho-me como combatente, de enfrentar trincheiras.

Às vezes com meus armamentos em mão, não me dá solidão

Mesmo no dia, em que o fuzil não conseguiu disparar

Retirei da baioneta, contra o inimigo lutei

Lutei e achei a possibilidade, venci por mérito, mas suei.

Realmente não é nada fácil viver, mas digo que sou sobrevivente

A agonia muita das vezes confronta com minha vontade

Portanto daí se vem, se tem a verdadeira realidade

Sendo esta, cruel ou não, é a realidade!

Apesar dos pesares, nem todos querem esta realidade

Portanto como vais perder a sua identidade

A estes fantasmas que nos atordoam

Mas faz brotar lá do intimo, algo profundo!

Onde se possam buscar novos horizontes

Ajudar o próximo, e contemplar o criador

Pedir ao mesmo que auxilie, dê dias melhores

A seus filhos, que como eu pena na terra.

Sem mais delongas, sei, que mesmo pequeno

Tendo às vezes o dia conturbado

Mesmo que esteja solitário

Uma coisa é certa, não deixarei de lutar.

Assim tenho-me por guerreiro, não um “demente”

Néscio ou o que pensar... Apenas guerreiro

Que sabe o que quer, e sabe onde esta o amor

Então em poucas palavras dita, sou guerreiro.