Nostalgia de mim
Tarde calma, vento soprando...
Tudo com ar de que vai chover.
Triste a paisagem, os pássaros parecem não querer cantar
Tudo continua monótono
Tudo insiste em continuar sem graça.
E eu aqui, com saudades de mim.
Saudades do que já vivi;
Saudosa do que não posso viver.
O peito denuncia querer explodir... Se explode, me desfaço!
O rio que há lá dentro chega a inundar a alma
Começou apenas com um córrego que pensei secar com o tempo.
O tempo passou, a vida continuou...
Estou em diálogo comigo...ou quem sabe monólogo talvez...
Me pego meio a indagações... Que perca de tempo...
Não adianta; não tem resposta!
A chuva chegou...
E com ela lembranças de uma vida, recordações!
Dessas que no tempo ou na memória, não sei; continuam vivas.
Quisera ter o discernimento necessário pra entender o porquê de ficarem,
Se ficam por terem de ficar, ou por fazermos questão de não apagá-las
Alguém insistiria em desfazê-las?
Queria poder e saber, exprimir tudo que continua num vazio, num labirinto de incertezas.