Mayara, minha boneca de lã
Lembro, ainda, de quando
Você tão pequenina,
Somente uma menina
E eu a te embalar.
Você era só vida,
Era doce, alegre
E hoje o tempo me serve,
Somente prá lembrar.
Hoje dói no meu peito
A memória de um sonho
Que em versos componho
Prá lembrar-me de ti.
Você era só vida,
Mas o morte sombria,
Sem saber que havia,
Levou-te de mim.
Eu não sabia o quanto,
Em meu peito, doía
A saudade de um dia
Eu contigo brincar,
Pois não consigo esquecer
Esse meu sentimento
E só no pensamento
Ainda posso te olhar.
Lembro você tão sapeca,
Tão reluzente e bonita,
Lembro até das feridas
Que ao brincar me deixou,
Lembro teu olhar tão singelo,
Da tua simples beleza,
Daquela criança indefesa,
Mas só a lembrança ficou.
Hoje insisto em guardar
Em minha mente as lembranças,
Minha tola esperança
De te ver no amanhã.
Nunca vou te esquecer,
Trago em mim tua lembrança,
Mayara, minha criança,
Minha boneca de lã!