Chorar sorrindo
ou sorrir chorando
é comum que aconteça
quando somos já crescidos!

Que pena perdermos
o mel da inocência...

Recordo com saudade
a gargalhada gostosa
difícil de controlar...
E o choro sentido,
chorado bem alto,
com lágrimas correndo
lavando o desgosto?

E vamos crescendo
depressa aprendendo
que não é correcto
ser-se natural.

Chorar de mansinho
sem fazer alarde
da dor que nos morde,
do peito que arde...

Rir com maneiras,
nunca gargalhadas
pois não interessa
se estamos felizes...

Tempos sinceros
os da meninice...
Correr sem destino,
a terra abraçar,
o vento no rosto;
nos lábios o gosto
do sal e do sangue
do tombo
dado sem reparar!

Joelho esfolado,
garganta irritada!

Cabelos em trança...

MÃE!

Que saudades eu tenho
da minha infância!

 
(01/04/2003)

Beijinhos,

Teresa Lacerda
Enviado por Teresa Lacerda em 06/06/2010
Código do texto: T2304095
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