AMOR QUE EM PEDAÇOS FICOU

Quando penso que você...

Quando lembro que nos víamos sempre naquela praça...

Depois de tantas cartas sinceras já lidas,

Tantas outras sempre esperadas...

Parecia ser eterno aquele amor tão puro. Oh, vida!

Tomados de tanta inocência e inexperiência,

Éramos bravos amantes a percorrer caminhos...

Sem nenhuma certeza do que vinha a frente,

Movimentados apenas pela força do amor e carinho,

Que nos encorajava e fazia valentes.

O tempo passava e tudo ia se transformando,

O companheirismo e o respeito foram sumindo,

Com o tempo não nos reconhecíamos mais,

Fomo-nos tornando vazios e divididos.

Só tristeza!

Como recuperar aquele amor?

Já havíamos amadurecido! A inocência perdido.

Mais críticos e exigentes, os pensamentos mudaram,

Comunicação disfuncional, traição como normal,

Ferimentos e dores, um rio de sangue conjugal.

O amor em pedaços que não se poderia reconstruir,

Na alma manchas de sangue coagulado pelo tempo que há,

Tanto que já se limpou, mas ainda manchas encontram-se ali,

Estão secas pelo tempo, mas nunca apagou.

Se o tempo não apagou talvez morra com as marcas,

Algum sentido terá e que hoje não saberei explicar,

Se traição é realmente pecado, terás contas a acertar...

Não tenho como esconder para a tua cara livrar,

Por que a mancha da alma não tem como tirar.

NATIVA
Enviado por NATIVA em 06/06/2010
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