MATANDO A SÊDE

Sou um homem viajado

Já andei por todo mundo

Conheço cada canto

Canto com seus encantos

Posso não ter ido lá

Notícias chegaram cá

Sei como é no oriente

Também no ocidente

Meu canto é Bella Vista

Nunca esquecido

Quem é que não se lembra

Do primeiro canto escondido

Cada pessoa é diferênte

Mas todos vivem em busca

De um grande amor ardente

Toda água de beber é doce

Muitas a gente bebe em outras sédes

São poucas as que matam a sêde

Cada pessoa sabe onde é que fica a fonte

Pode estar bem perto nem sempre muito certo

Minha fonte é Bella Vista

Nunca esquecida

Quem é que não se lembra

Da primeira fonte bebida

Que pena que eu tenho desse povo

Que gira o mundo no sufoco

Sou um cara feliz sêde não passo mais

A muito tempo ja sei, de sêde morro jamais

Pra não morrer de sêde fiz um juramento

Deixei urubu com fome, gavião doente

Quero morrer embebido e ser alimento

Das vidas de minha nascente

Minha nascente é Bella Vista

Nunca esquecida

Quem é que não se lembra

da primeira sêde morrida

Fábio Murgo
Enviado por Fábio Murgo em 03/06/2010
Reeditado em 10/06/2010
Código do texto: T2298138
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