OLHANDO ATRAVÉS DA JANELA
Guida Linhares
Às vezes olho através da janela,
no tempo em que a vida
tinha outros perfumes e coloridos.
Tantos anos já se passaram,
e continuo olhando a tua foto.
Do homem que muito amei,
de nossos velhos sonhos,
dos passeios nos jardins da praia,
de nossos tempos risonhos.
Fecho a janela do tempo,
e me recolho em mim mesma.
Porque deixamos o amor fenecer?
Porque não lutamos bravamente
para ao contrário, fazê-lo crescer!
Às vezes sinto tanta falta
de você, meu velho companheiro,
de uma longa estrada,
que chega até mesmo a doer.
Mas também sei que não há mais volta.
As águas do rio não retornam,
elas seguem em frente
buscando o mar.
Abro de novo a janela,
entra uma lufada de vento.
Lá fora pontes me acenam
com a esperança de ultrapassar
este passado que me açoita,
repleto das saudades
de tantos bons momentos,
em que a felicidade
bailava no pensamento,
e nossos olhos eram espelhos
de um límpido amor.
Recomeçar de novo?
Com outra pessoa?
Nem tenho mais paciência!
Desaprendi como chega o amor!
Acho que nem quero mais,
estou cansada, quero paz.
No reflexo do lago lá fora,
jogo todas as minhas ilusões.
Fecho a janela sem demora,
tenho que partir!
Quem sabe uma nova dimensão,
um novo tempo,
um espaço infinito,
um novo alento.
Morrer?
Não temo a morte,
mas sim a morte em vida.
A morte dos sonhos,
o vazio do amor.
Ser triste?
Isto não sou!
Busco a alegria, apesar
de ter vezes em que gostaria
de fechar os olhos e dormir!
Sonhar com teu rosto,
sorrindo pra mim de novo!
Dizendo:
- Acordes, estás tendo um pesadelo!
Vamos caminhar cedinho,
pois o sol está brilhando.
Vamos andarilhar no mar,
pisando bem de mansinho,
pois tudo o que mais quero
é ter de novo o teu carinho!
Doce quimera!
A realidade me faz sentir,
que nem devo mais
abrir a janela!
Santos/SP/Brasil
18/03/07
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Guida Linhares
Às vezes olho através da janela,
no tempo em que a vida
tinha outros perfumes e coloridos.
Tantos anos já se passaram,
e continuo olhando a tua foto.
Do homem que muito amei,
de nossos velhos sonhos,
dos passeios nos jardins da praia,
de nossos tempos risonhos.
Fecho a janela do tempo,
e me recolho em mim mesma.
Porque deixamos o amor fenecer?
Porque não lutamos bravamente
para ao contrário, fazê-lo crescer!
Às vezes sinto tanta falta
de você, meu velho companheiro,
de uma longa estrada,
que chega até mesmo a doer.
Mas também sei que não há mais volta.
As águas do rio não retornam,
elas seguem em frente
buscando o mar.
Abro de novo a janela,
entra uma lufada de vento.
Lá fora pontes me acenam
com a esperança de ultrapassar
este passado que me açoita,
repleto das saudades
de tantos bons momentos,
em que a felicidade
bailava no pensamento,
e nossos olhos eram espelhos
de um límpido amor.
Recomeçar de novo?
Com outra pessoa?
Nem tenho mais paciência!
Desaprendi como chega o amor!
Acho que nem quero mais,
estou cansada, quero paz.
No reflexo do lago lá fora,
jogo todas as minhas ilusões.
Fecho a janela sem demora,
tenho que partir!
Quem sabe uma nova dimensão,
um novo tempo,
um espaço infinito,
um novo alento.
Morrer?
Não temo a morte,
mas sim a morte em vida.
A morte dos sonhos,
o vazio do amor.
Ser triste?
Isto não sou!
Busco a alegria, apesar
de ter vezes em que gostaria
de fechar os olhos e dormir!
Sonhar com teu rosto,
sorrindo pra mim de novo!
Dizendo:
- Acordes, estás tendo um pesadelo!
Vamos caminhar cedinho,
pois o sol está brilhando.
Vamos andarilhar no mar,
pisando bem de mansinho,
pois tudo o que mais quero
é ter de novo o teu carinho!
Doce quimera!
A realidade me faz sentir,
que nem devo mais
abrir a janela!
Santos/SP/Brasil
18/03/07
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