AS QUATRO ESTAÇÕES
Na aurora de minha vida
Tudo era felicidade
Primavera tão sonhada!
O amor na pele aflorando
Brotando com intensidade,
A vida se transformando
Em abundantes floradas!
No entusiasmo do verão
Todo o ardor da juventude
A aquecer meu coração,
Emoção em plenitude!
Meu peito de amor se abrasando
Meu ser de alegria vibrando
A vida em eterna canção!
Surgiu, porém, o outono
Foram-se as folhas e as flores
Ficando em mim tão somente
Desilusões, dissabores;
Tal qual árvore desnuda
O meu coração se despiu
E de desilusão se vestiu!
Veio o vento e soprou frio
A vida se fez inverno
E o meu ser se fez tristonho,
Pois restou nele a saudade
Da emoção, do canto terno
Dos tempos de felicidade
Das flores, sorrisos e sonhos!