QUIS ARRUMAR AS MINHAS MEMÓRIAS

Ontem, passei o dia a arrumar as minhas memórias.

Aquelas que depois de alguns anos guardo no sótão

Desde a minha mais tenra idade, há muitas histórias

Que dentro de um velho guarda fato já se amarrotam.

E foi pelas mais antigas que comecei, que comoção!

Algumas lágrimas de saudade deslizaram no meu rosto

Vi tantas coisas, os jogos do berlinde e também do pião

Que depois da escola jogava até ao chegar o Sol posto.

Vi... ah, sim... os bailes, vi os meus primeiros amores,

Primeiros sonhos, tanta quimera, e também desilusão

Eram os anos sem responsabilidade, anos de belas cores

Sempre esperando o fim do dia para amar um coração.

Depois, vi tanta coisa que não queria recordar, mas vi.

Dificuldades da vida, lutar para acabar por mal viver

Perdi a coragem e deixei todas as recordações assim

Em desalinho no meu sótão ficarão, é melhor esquecer.

bebert
Enviado por bebert em 05/05/2010
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