em algum banco, de alguma praça ...
Em algum banco, de alguma praça deixei minha lembrança,
de uma criança que um dia a levava,
deixei com ela também aquele sorriso teu que um dia estive a ver.
mas levei comigo aquela sabedoria que um dia me ensinaste.
Porque em algum banco, de alguma praça, deixei aquela paz,
em que um dia eu já tive, onde eu podia correr e voar sem me preocupar,
em que os sons dos passáros eram ouvidos,
e onde o ar era puro.
Em algum banco, de alguma praça deixei minha mãe,
que estava a tricotar e a me olhar com teus olhos brilhantes,
onde de tudo me protegia, de tudo me ensinava,
e hoje nem lembranças restam,
porque em algum banco de alguma praça eu a deixei,
para deixar com ela as lágrimas que me seguia.