Girl NaNet

Globalizada Via Internet

Ela senta frente ao monitor

Sente-se forte cheia de amor

Pra dar. Troca e-mails e

Mensagens com a cara e a

Coragem. Com gente de todas

As idades medra. Prosperar, a

Vida vai melhorar. Troca

Mensagens faz programas

Com caras de todas as idades

Incluso os caras da Idade da

Pedra. Lascada, ela digita o

Teclado em busca do contato

Real, sonhando vislumbra no

Mundo virtual um jeitinho

Certo de defender o papel

Higiênico no supermercado

No sofá da tv na sala de jantar

O mundo gira rápido. Não pode

Parar. Ela, essa coisa mais linda

Tão cheia de graça vai ser

Independente via Web num doce

Balanço a caminho do mar. Por

Momentos uma pane parou a

Internet. Ela tem um desejo, uma

Sorte: sair do nordeste, do norte

Saciar as pulsões dos barões da cidade

Grande. Vai crescer seu valor de

Mercado. Na cidade do sexo

Saciar a verdade carente com corpo

Adolescente os genitais de todas

As idades (grana nunca é demais)

Precisa fazer logo seu

Pé de meia enquanto jovem, bela

Descendente da Cia. das Índias

Ocidentais. Os dentes brilhantes

Morena da Piçarra vai para o sul

Num instante enquanto pode

Valorizar a cor de sua pele negra

A mãe até rezou uma novena

Sabe o caminho das pedras para

Fazer crescer os dividendos

Bancários de seu pé de meia.

A princesa morena da mãezinha

Achou o caminho das pedras. Vai

Sobrar algum no fim do mês

Depois de comprar o creme para

Tirar do rosto, da testa, as espinhas

Vai ajudar a família no lar doce lar

Garantir um lugar, para quando um

Dia voltar, a estirpe possa lhe

Abraçar com um sorriso de boas

Vindas. Anotou os www.com dos

Sites. Acessou na página a foto

De shortinho coladinho nas coxas

À mostra “numa nice”, sutilmente

Sorrir para um pedófilo no site, um Zé

Ninguém que vai engordar seu

Pé de meia nesse fim de semana

Filha das caravelas das Índias

Portuguesas, do cruzamento de três

Raças de fêmeas à marietas. Quer

Acreditar que trabalha duro e honesto

Nesses tristes trópicos tropicais

Para se sustentar com sua aflita

Labuta de puta provedora do lar

Vai ganhar o mundo internauta

Sodomizada pela história globalizada

No mercado da febre amarela do

“Deixa sangrar”. NaNete não pára para

Pensar. Pensar é uma tralha para quem

Teve tempo de estudar. Garota pedaço

De mal caminho que os pergaminhos

Históricos, religiosos, esqueceram de

Saudar. NaNete experimental, vítima

Primeira dos deuses acima e abaixo

Do bem e do mal que o dinheiro pode

Comprar. Piranha dos bois da cidade

De carne globalizada pelas viroses

Históricas nos artigos especializados

Publicações da medicina, dos periódicos

Em seus anais. NaNet, querida, é tudo

Isso que você quer da vida? Ou essa é a

Única circunstância que a “Arte da Política”

Ofereceu? Os clientes içam velas

Em sua frente de guerra. Fodes no berço

Esplêndido, das serpentes dos reis das velas

Oswaldianas, de acordo com o modernismo

Como sombra em busca de doar seu viço

Você está pronta para mais um programa

Malhar-se do que lhe resta da garota

Cana caiana belezura do papai.

É a lama, é a lama. Não adianta banhar

Que não sai. Como se fosse uma sombra

Somente as contas separam o ontem

Do amanhã. Você agora tem poder de

compra, a coisinha tão bonitinha do pai

Do pai. Hoje, apenas um corpo para mais

Um porto de orgasmo. Bate-pronto comprado

Com direito ao livre desfrute do rei dos

Animais.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 20/04/2010
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